Projeto Pedagógico do Curso

1.   PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

 

Tomando como base a Resolução CNE/CP nº 02/2015 o Curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa está estruturado para que o egresso possa atuar tanto na iniciativa pública quanto privada, assim como continuar os estudos em cursos de pós-graduação condizentes com a área.

Nesse sentido, para atender esse perfil dinâmico e socialmente referenciado o egresso deverá ser capaz em lidar de forma crítica com as linguagens, nos contextos orais e escritos, consciente de sua inserção na sociedade e das conexões exigidas pela linguagem como produto e produtora das relações sociais e do desenvolvimento científico na região.

Sendo assim, a proposta implementada pelo IFPA – Campus Ananindeua visa à formação de professores, com o seguinte perfil:

 

I – atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária;

II – compreender o seu papel na formação dos estudantes da educação básica a partir de concepção ampla e contextualizada de ensino e processos de aprendizagem e desenvolvimento destes, incluindo aqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria;

III – trabalhar na promoção da aprendizagem e do desenvolvimento de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano nas etapas e modalidades de educação básica;

IV – dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano;

V – relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem;

VI – promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade;

VII – identificar questões e problemas socioculturais e educacionais, com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras;

VIII – demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras;

IX – atuar na gestão e organização das instituições de educação básica, planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas educacionais;

X – participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico;

XI – realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre os estudantes e sua realidade sociocultural, sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas, entre outros;

XII – utilizar instrumentos de pesquisa adequados para a construção de conhecimentos pedagógicos e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria prática e a discussão e disseminação desses conhecimentos;

 

XIII – estudar e compreender criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais, além de outras determinações legais, como componentes de formação fundamentais para o exercício do magistério.

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1.  OBJETIVOS DO CURSO

 

 

4.1Objetivo Geral   

 

Formar profissionais no ensino de Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas para atuarem na Educação Básica, capazes de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formação profissional como processo contínuo, autônomo e permanente.

 

4.2Objetivos Específicos

 

a)   Formar docente com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura para atuar nas séries finais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e no Ensino Profissionalizante;

b)   Contribuir, através do ensino, da pesquisa e da extensão, para o desenvolvimento dos estudos linguísticos e literários, bem como de suas metodologias de ensino;

c)    Conhecer e dominar os conteúdos básicos que são objetos do ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura;

d)   Capacitar o graduando para desempenhar o papel de multiplicador, pesquisador e leitor crítico de diferentes teorias relacionadas às práticas educativas de ensino- aprendizagem da língua materna;

e)   Atuar em áreas de fronteira e em interfaces disciplinares e diferentes campos de saber;

f)     Desenvolver competências para a pesquisa e a extensão, levando em consideração a pluralidade das linguagens da Língua Portuguesa e estimular a produção científica dos docentes e discentes, em termos de tecnologias de ensino de leitura, escrita e de produções discursivas e textuais;

g)   Respeitar o fomento e a qualificação das relações entre ciência, tecnologia, economia, sociedade, culturalidade e ambiente;

h)   Dialogar com diferentes áreas de conhecimento em torno da linguagem, integrando-as, a fim de conferir sentidos e informar sua prática docente;

i)     Estimular o uso de novas tecnologias para a formação profissional como um processo contínuo e permanente;

j)     Refletir sobre os problemas e os desafios da Educação Básica no Brasil e, especificamente, na Amazônia Paraense;

k)    Contribuir para a formação de cidadãos éticos, comprometidos com a construção da paz, com a defesa dos direitos humanos e com os valores de democracia;

l)     Empreender com base na ciência e tecnologia agindo de forma autônoma;

m)  Reconhecer especificidades regionais ou locais, contextualizando as soluções dos problemas que encontra com as realidades locais, regionais e internacionais, qualidades fundamentais em um mundo interconectado;

Proporcionar uma prática educativa voltada para a formação cidadã e para diversidade.

1.       METODOLOGIA

 

Na dinâmica do processo formativo a (s) metodologia (s) são o “caminho para se atingir o objetivo” Manfredi (1993, p. 1). Dessa forma, para garantirmos a formação de profissionais interdisciplinares, autônomos, com a capacidade de identificar, resolver problemas e desafios do mundo contemporâneo propomos as seguintes estratégias metodológicas:

 

a)    No início de cada semestre letivo haverá uma semana de planejamento, no qual será avaliado o trabalho pedagógico (semestre finalizado ou iniciado, quando for o caso), discutido e planejado o semestre seguinte. Nesse processo serão enfatizadas as disciplinas e a respectiva carga horária, as dificuldades dos estudantes e dos docentes e o respectivo desempenho acadêmico, a frequência, a recuperação paralela, alunos com deficiência, as atividades de ensino-pesquisa e extensão, etc.

b)    As metodologias adotadas no ensino aprendizagem ficam a critério de cada docente, mas propomos, de modo geral, no percurso formativo a utilização das Metodologias Ativas, uma vez que por meio dessas estratégias é possível garantir o protagonismo e o pensamento crítico-reflexivo do estudante.

c)    Com isso deverão ser utilizadas estratégias e recursos que viabilizem aprendizagens significativas pautadas na relação teoria e prática por meio de uma abordagem voltada especialmente à problematização, ao estudo de caso, à pesquisa como princípio educativo, à análise crítica de textos, aos debates, à exposição dialogada, às técnicas e dinâmicas de grupo que considerem a realidade/especificidade do aluno e de seu conhecimento de mundo, entre outros.

d)    Aprendizagem baseada em Projeto/Problemas, Gamificação, Sala de Aula Invertida, Aprendizagem entre Pares, Temas Geradores, Grupos Operativos, Sequência Didática, História de Vida são algumas, dentre tantas outras estratégias, que impulsionam experiências significativas, motivando a busca por soluções ante aos desafios sociais e da própria profissão.

e)    Além dessas metodologias, podem ainda serem utilizadas a: Análise crítica de textos; Debates; Práticas laboratoriais; Oficinas; Visitas técnicas; Interpretação e discussão de textos técnicos; Apresentação de vídeos; Apresentação de seminários; Trabalhos de pesquisa; Atividades individuais e em grupo; Relatórios de atividades desenvolvidas; Atividades extraclasses; Exposição dialogada; Técnicas vivenciais de grupo;

f)     O uso de artefatos tecnológicos também será imprescindível nesse processo, especialmente, as plataformas institucionais AVA, SIGAA, Google For Education além de outras mídias digitais acessíveis que contribuam com o processo de ensino.

 

 

Nesse contexto, a interdisciplinaridade assume igualmente função importante no desenvolvimento de estratégias de ensino, permitindo que o conhecimento seja compreendido sob diversos aspectos científicos. 

1.       APOIO AO DISCENTE

 

Ao assumir o compromisso com a permanência e o êxito dos estudantes, o Campus Ananindeua dispõe de um conjunto de ações de cunho pedagógico e psicossocial com a finalidade de auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, bem como, no desenvolvimento pessoal e profissional do graduando.

 

a)    Acompanhamento Pedagógico

O Setor Pedagógico trabalha preventivamente e corretivamente com acompanhamento do processo ensino-aprendizagem mediante aplicação periódica de diagnósticos que subsidiam a orientação e o assessoramento das principais dificuldades dos estudantes, além de orientação de estudos, sugestão de materiais e encaminhamentos aos demais serviços oferecidos pela Instituição.

Além desse trabalho,o Setor Pedagógico promove diferentes projetos no sentido de ampliar a formação dos sujeitos. Dentre as atividades estão o Projeto Acolher que tem por fim tornar o ambiente do campus Ananindeua acolhedor e propício à construção do sentimento de pertencimento e identidade especialmente em relação aos estudantes ingressantes e o Projeto de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) cujo objetivo é implementar estratégias que envolvam a comunidade contra práticas de intimidação sistemática no ambiente escolar do campus Ananindeua.

 

b)    Atendimento Intraescolar

Meio pelo qual o estudante tem a possibilidade de receber atendimento docente individualizado e personalizado por meio de reforço, esclarecimento de dúvidas, aulas e atividades complementares, etc. O atendimento intraescolar faz parte da carga horária docente e ocorre em turno diferente do qual o aluno está matriculado.

 

c)    Atendimento Domiciliar

Prestação de serviço didático-pedagógico pelo docente ao estudante em ambiente não acadêmico por motivo de incapacidade física relativa, incompatível com a frequência às atividades acadêmicas nas dependências do Campus ao qual está vinculado.

Os critérios, público alvo e trâmites estão descritos no Regulamento Didático Pedagógico do IFPA.

 

d)    Recuperação Paralela

A recuperação paralela tem por fim auxiliar estudantes que apresentem baixo desempenho acadêmico no decorrer do processo educativo. De acordo com o Regulamento Didático Pedagógico do IFPA o docente deve realizar atividade (s) orientada (s) à (s) dificuldades (s) do estudante ou grupo de estudantes, segundo a peculiaridade de cada disciplina.

 

e)    Nivelamento

Como parte do processo de apoio discente, o Campus Ananindeua promove diversas atividades, capacitação e/ou cursos de nivelamento com os conteúdos específicos do Ensino Médio ou de conhecimentos gerais necessários à formação superior que não estejam suficientemente compreendidos/dominados pelos estudantes ingressantes na graduação. Os cursos são presenciais e/ou on-line nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química, Biologia, Oficina de Redação, Informática Instrumental, entre outros.

 

f)     Política de Assistência Estudantil

Configura-se por meio da concessão de auxílio financeiro aos estudantes que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica, obedecendo às diretrizes da Política Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, elegendo como prioridade aquelas necessidades consideradas básicas previstas pelo Decreto 7.234/2010.

As ações de Assistência Estudantil são elencadas no Plano Anual de Assistência Estudantil, por meio de linhas de atendimento, as quais envolvem setores estratégicos ligados à pesquisa, ensino e extensão como forma de fortalecer e apoiar as ações que visam o êxito acadêmico.

 

g)    Programa Bolsa Permanência

Concessão de auxílio financeiro a estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior com carga horária igual ou superior a cinco horas diárias e em situação de vulnerabilidade socioeconômica, além de estudantes indígenas e quilombolas.

 

h)   Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas

No Campus Ananindeua, o Núcleo de Atendimento às  Pessoas com Necessidades  Educacionais Específicas (NAPNE) tem por finalidade atender estudantes com necessidades educacionais especiais, visando condições apropriadas para o acesso, permanência e êxito no percurso formativo.

 

i)     Comissão de Permanência e Êxito

Trabalhando no sentido preventivo da evasão e reprovação escolar a Comissão de Permanência e Êxito trabalha junto com o Setor Pedagógico exercendo papel muito importante frente ao problema, especialmente por ser a instância formal criada com este objetivo. A ela também é atribuída a mobilização do coletivo de profissionais dos diferentes setores da instituição, oportunizando colocar em pauta a temática e propor soluções.

 

Desta forma, tem papel estratégico na mediação entre as diferentes instâncias educacionais, exercendo funções de articulação, formação e transformação. Promove uma formação continuada com os docentes, ajudando na reflexão das práticas didáticas e processos avaliativos, oferecendo, ainda, suporte para que os estudantes aprendam da melhor maneira possível. 

 

1.      AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

 

 

Com base no Capítulo VIII do Regulamento Didático do IFPA, a avaliação da aprendizagem no percurso formativo do curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa será processual, contínua e cumulativa, medida por instrumentos quantitativos e qualitativos, devendo o docente observar e considerar os aspectos qualitativos em relação aos quantitativos.

No curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, propomos que a avaliação discente seja um momento de autorreflexão, no qual o professor também examine a sua prática e que o aluno se perceba nesse processo como um agente com capacidade de dialogar sobre os momentos, as formas e os processos avaliativos.

Outra medida que propomos como garantia de equilíbrio no processo de aprendizagem é a recuperação paralela, art. 285 da Resolução nº 02/2018, a qual deve ocorrer simultaneamente ao percurso educativo de modo que conforme for sendo observando e identificando as dificuldades no cotidiano da sala de aula, outras estratégias pedagógicas e de ensino serão planejadas e implementadas pelo professor a fim de ir corrigindo as deficiências constatadas ao longo do período letivo.

Sistematicamente, haverá duas avaliações bimestrais (BI) por se tratar de um curso com regime letivo semestral, perfazendo quatro avaliações no ano, mais a prova final em cada bimestral caso o estudante apresente desempenho acadêmico insatisfatório na média das avaliações bimestrais.

O desempenho acadêmico no curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa será mensurado por meio de nota de 0 (zero) a 10 (dez), exceto para as Atividades Complementares que serão avaliadas por meio de Conceito. Além disso, é obrigatória a frequência às aulas e demais atividades acadêmicas, sendo exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas e 100% (cem por cento) de cumprimento das componentes curriculares para a integralização do curso.

Será considerado aprovado na componente curricular, ou após a Prova Final, quando for o caso, o estudante que obtiver Média Final maior ou igual a 7,00 (sete), vide cálculo abaixo, e reprovado o estudante que não realizar a (s) atividade (s) de verificação da aprendizagem, sendo registrada a nota 0 (zero) ou quando o estudante não alcançar a média bimestral, mesmo após a Prova Final.

A fórmula utilizada parar mensurar resultados é a seguinte:

 

 

MS = 1ª BI + 2ª BI  >  7,0

2

Legenda:

MS = Média Semestral

1ª BI = 1ª Bimestral (Verificação da Aprendizagem)

2ª BI = 2ª Bimestral (Verificação da Aprendizagem)

 

O aluno será aprovado na disciplina por média semestral, se obtiver média semestral maior ou igual a sete (> 7,0), caso a média semestral seja menor que sete (<7,0), o aluno estará de avaliação final.

O aluno será aprovado com Avaliação Final se obtiver média final maior ou igual a seis (> 6,0) e o resultado das avaliações serão mensurados da seguinte forma:

 

MF = MS + NAF > 7,0

2

Legenda:

MF = Média Final

MS = Média Semestral

NAF = Nota da Avaliação Final

 

 

 

O estudante reprovado em até 2 (dois) componentes curriculares no semestre, poderá dar prosseguimento aos estudos, obrigando-se a cursar os componentes, em regime de dependência, em turmas e horários diferenciados do que está matriculado. Porém, se ficar reprovado em até 3 (três) ou mais componentes ficará automaticamente reprovado no período letivo, devendo cursar no período letivo seguinte apenas os componentes em que ficou reprovado.

Os casos sobre revisão de avaliação, falta no período avaliativo, necessidade de se ausentar das aulas, entre outros, recomendamos consultar o Regulamento Didático – Resolução nº 02/2018.

 

 

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