Projeto Pedagógico do Curso

Otecnólogoemagroecologiadeveráserumprofissionalcomformaçãocidadã, humanística,técnico-científica,comvisãocrítica,reflexivaeética,capazdecontribuir para o estudo/diagnóstico, desenho e redesenho de agroecossistemassustentáveis.

Para tanto deverá ter as seguintes habilidades e competências:

a)                 O profissional deve ser capaz de reconhecer e articular as sabedorias tradicionais locais para a elaboração de tecnologias agrícolas e sociais com vistas à sustentabilidade;

b)                 Ter visão sistêmica, compreender os agroecossistemas na sua diversidade e complexidade, bem como suassingularidades;

c)                 Dominar os princípios da ciência ecológica e mobilizá-los como estratégia agroecológica para o manejo produtivo e sustentável dos agroecossistemas;

d)                 Deverásercapazdeidentificaraspotencialidadesendógenasearticular de forma criativa estas potencialidades no desenvolvimento de inovações tecnológicas, buscando reduzir a dependências dos agroecossistemas de insumo e energiaexterna;

e)                 Realizar assessoria técnica, social e ambiental, preconizando o uso de metodologiasparticipativas,comvistasàconstruçãodoconhecimentoagroecológico;

f)                   Atuarnaidentificaçãoefortalecimentodeiniciativascoletivasesolidárias de gestão e comercialização de produtos, fomentando novas formas de comercialização.

g)                 Deverásercapazdecontribuirparaaelaboraçãodeprojetos,programas e políticas que visem o fortalecimento de formas mais sustentáveis de produção agrícola.

 

 

2-     EstruturaCurricular

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1-     ObjetivoGeral

·         Formar Tecnólogos capazes de planejar, executar, monitorar, analisar e certificar sistemas de produçãoagroecológicos.

 

Objetivos Específicos

 

 

·         Formar profissionais, para atuar no sistema de Produção Familiar, capazes de contribuirparaaproduçãodealimentos‘limpos’,estimulandoarelaçãocampo- cidade pela comercialização em curtos circuitos de mercado(Feiras);

·         Formar profissionais para desenvolver projetos de sustentabilidade, em consonância com realidades locais (aldeias ecomunidades);

·         Formar agentes locais de desenvolvimento, agricultores e indígenas, para o fortalecimento de suas comunidades, valorizando e revitalizando suas cosmologias e saberestradicionais;

·         Contribuir para constituição de um referencial técnico agroecológico regional, como um enfoque alternativo e de resistência à agriculturaconvencional;

·         Planejar e executar atividades de manejo de sistemas de produção agroecológicos e do ambienteagrícola;

·         Implantar sistemas de produção animal evegetal;

·         Gerenciar o processamento e a comercialização da produçãoagroecológica;

·         Elaborar, planejar, executar e difundir programas e projetos de fomento ao desenvolvimentorural;

·         Assessorar órgãos públicos e empresasprivadas;

·         Subsidiaraconcepção,acompanhamentoeexecuçãodepolíticaspúblicasem nível local e regional para aagroecologia;

 

·         Avaliar e emitir parecer técnico na sua área deatuação.

A metodologia é um conjunto de procedimentos empregados para atingir os objetivos propostos em cada componente curricular.

Embora respeite a autonomia dos docentes na prática docente em relação às estratégias de desenvolvimento dos componentes curriculares, as metodologias de ensinopressupõemprocedimentosdidático-pedagógicosquepromovamaarticulação entre teoria e prática e entre ensino, pesquisa e extensão, bem como procedimentos dinâmicos em sala de aula capazes de construir conhecimento, de modo que os docentes se coloquem como mediadores auxiliando os discentes nas suas aprendizagens e encaminhamentos. Isso requer que os docentes adotem os seguintes procedimentos:

a)                 Participação nos momentos de planejamento coletivo e individual, bem como nas formações continuadas desenvolvidas para os docentes do curso e/ou da instituição;

b)                 Criar a cultura de registo das atividades docentes e dos aprendizados (ou não) dos estudantes, bem como a posterior análise do processo de ensino- aprendizagem,oquedeveorientaraavaliaçãoearetomadadastemáticasestudadas;

c)                 Problematizar a realidade advinda das pesquisas de TC/A ou das atividades práticas nas UNIEPES, e a partir dela propor estratégias de construção do conhecimento, sem desconsiderar os diferentes ritmos de aprendizagens e a subjetividade do discente, incentivando a pesquisa como princípioeducativo;

d)                 Contextualizar o conhecimento, valorizando as experiências e saberes dos discentes;

e)                 Selecionarmateriaisdidáticosadequadosaseremtrabalhadosemaulas expositivas, bem como elaborar materiais que atendam as especificidades de cada componentecurricular;


f)                   Diversificar as metodologias, bem como diversificar as atividades com leituras dinâmicas, trabalhos em grupos, atividades práticas, seminários,etc;

g)                 Utilizar recursos tecnológicos adequados ao público envolvido para subsidiar as atividadespedagógicas;

h)                 Disponibilizar apoio pedagógico para estudantes que apresentem dificuldades visando à melhoria contínua daaprendizagem;

i)                    Atuar na forma transdisciplinar que parta da realidade e provoque o aprofundamento teórico, utilizando atividades práticas, visitas técnicas, seminários, debates, atividades individuais e em grupo, exposição de filmes, grupos de estudos, estimulando a leitura e a produção escrita crítica, entreoutros;

j)                    Organizar o ambiente educativo visando articular múltiplas atividades voltadas às diversas dimensões da formação que favoreça a transformação das informações em conhecimentos de acordo com a realidadevivida;

k)                 Estabelecerodiálogoprocessualcomoscolegasdecadaeixosobreos processos de ensino-aprendizagem em construção.

A metodologia didático-pedagógica a ser adotada no Curso visa garantir ao educando o confronto cotidiano entre as teorias e práticas abordadas nas atividades curriculares, a realidade encontrada no mercado de trabalho, bem como as necessidades de sua comunidade. Propõe-se utilizar as seguintes estratégias de ensino:

I.             Desencadeamento das atividades em sala de aula - iniciar com a problematização da temática em estudo com vistas a identificar o que os estudantes jásabem,oquenãosabemouapresentamlimiteexplicativodoreal,reflexãoseguida de exposição dialogada em que o docente faz a reflexão destacando pontos significativos levantados pelos estudantes, bem como os pontos frágeis e as incoerências presentes na compreensão dos alunos, com vistas a superar as fragilidades eincoerências;

II.            Aprofundamento Teórico – durante o curso, portanto em cada eixo e cada componente curricular, se faz fundamental assegurar a busca processual pela construção do conhecimento composto pela inter-relação entre os dados das pesquisas e o conhecimento científico por meio de atividades que possibilitem a superação/ressignificação de visão primeira por meio de filmes, estudo de textos, atividades de campo nas UNIEPES, visitas técnicas às propriedades dos pequenos agricultores, entre outraos. Nesse momento é fundamental queo docente crie


espaços de discussão dos dados das pesquisas de tempo comunidade e seu aprofundamento relacionando-o com o conhecimento científico de cada componente.

III.          Sistematização        -           Consiste        em      assegurar espaço/momentos de sistematização de cada componente curricular referentes às várias atividades de aprofundamento teórico realizadas, de modo que os estudantes possamirseapropriandodosnovosconhecimentosoriundosdessasatividades.Esse processo deve ocorrer em cada componente curricular ao longo docurso.

Os educandos ficarão alojados durante o tempo escola no Campus com atividades letivas em regime integral, este período é denominado de Tempo Acadêmico (TA).

Durante o Tempo Acadêmico os estudantes participarão das aulas teóricas e práticas nas salas de aula, laboratórios e nas unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão (UNIEPES), bem como acompanharão as atividades nas UNIEPES, em projetos,atividadesounamanutençãodelas.Nocasodosestudantesbolsistas,estes participarãoaindadeatividadesrelacionadasaosprojetosespecíficos,soborientação do professor coordenador. Neste período também haverá atividades culturais, esportivas e delazer.

Para a realização das aulas práticas nos laboratórios e nas diferentes UNIEPES, a turma de 40 alunos será organizada em grupos menores, podendo ser organizados em atividades distintas desde que todos tenham acesso às mesmas (in)formações com vistas a garantir a qualidade pedagógica das ações práticas e o aprendizado,demodoqueosalunospossamseapropriarefazeruso,replicandoem suas comunidades e/ou lotes. A forma de organização das atividades práticas, bem como da responsabilidade dos professores, será definida no planejamento coletivo que antecede cadaTempo-Acadêmico.

No período em que estiverem nos Tempos Acadêmicos, os educandos terão à suadisposiçãoinfraestruturastaiscomoresidênciaestudantil,salasdeaula,refeitório, quadra esportiva, biblioteca, laboratórios, entre outras (conforme sessão “Infraestrutura Física e Recursos Materiais” p.47).

Após o fim do tempo acadêmico, os estudantes retornarão para as suas comunidades no caso de oferta aos povos do campo e, no caso dos indígenas, permanecerão em aldeias de origem, período denominado de Tempo Comunidade (TC)/ Tempo Aldeia (TA).


EssesdoisTempos,TAeTC/TA,sãodefundamentalimportânciaparagarantir o êxito do Curso, uma vez que, nesses momentos, acontece a articulação de um currículo voltado para a realidade indígena, garantindo-se uma formaçãosólida.

No Tempo Comunidade/Aldeia, que corresponde a 20% de cada disciplina, os educandos realizam as pesquisas de campo e/ou outros estudos, cujos temas e metodologias serão orientados e encaminhados durante o Tempo Acadêmico. As pesquisas realizadas durante o Tempo Comunidade/Aldeia serão norteadas pelo Plano de Estudo, Trabalho e Pesquisa (PEPT), elaborado coletivamente e constante no Regulamento Interno do Curso. Assim, o curso compreende a pesquisa como princípio educativo. Entretanto, 10% da carga horária de cada componente curricular serãodestinada para ações de pesquisa e 10% para ações de extensão, conforme detalhado no item 6.3.

Ao início de cada Tempo Acadêmico será realizado um seminário de Sistematização das pesquisas pelos alunos mediada e orientada pelos professores, seguida da socialização em comum (como disciplina na matriz curricular), momento em que participam todos os educadores que atuarão no semestre.

O seminário terá como objetivo principal ensinar os estudantes a sistematizar e analisar dados e informações das pesquisas de cada TC, bem como a instrumentalizar a ação docente, nesse sentido compõe o projeto integrador.

O período letivo será definido em calendário acadêmico do curso e será desenvolvido no decorrer do ano letivo do Campus, devidamente aprovado no Conselho Superior do IFPA e poderá se estender durante todo o ano respeitando- se os recessos de natal, ano novo e feriados religiosos de acordo com a legislação vigente,sendoqueosTAsocorrerãonosmesesdejaneiro/fevereiroejulho/agosto,e os TC nos meses intervalares. Além destes, o calendário também definirá o período de férias, momento em que poderão ser ofertadas disciplinas em períodos letivos especiais (PLEs) a depender da demanda do curso e seguindo as normas instituídas pela Instrução Normativa 001/2018 – PROEN, principalmente no que se refere às situações nas quais o PLE pode ser ofertado. Vale ressaltar que este curso também dialogacomlegislaçãodaEducaçãoEscolarIndígenaquegaranteasespecificidades dos gruposindígenas.

O plano de ensino seguirá o Artigo 79 da Resolução 041/2015 - CONSUP e a responsabilidade de aprovação do plano de ensino é do Colegiado de curso, que apreciará os Planos de cada componente curricular oferecido na fase. Como documento, o Plano de Ensino contém para o componente curricular: a identificação;


a ementa; a justificativa do componente, explicitando a importância e inserção no curso e na fase; os objetivos geral e específicos do componente; os conteúdos programáticos; a metodologia de ensino; os critérios de avaliação; as referências, básicas e complementares.

 

 

O Curso obedecerá à política de apoio ao discente previstas no PLANO Nacional de Assistência Estudantil – PNAES (Decreto 7.234/2010) e à Politica de Assistência Estudantil do IFPA (Resolução 07/2020 – CONSUP), com as seguintes ações presentes no campus:

a)                 Moradia Estudantil (através de concessão de alojamentos no próprio campus);

b)                 Alimentação (através de alimentação fornecida diariamente pelo campus);

c)                 Transporte (Pagamento de auxílio financeiro a fim de custear seu transporte intermunicipal) feito através de Edital deSeleção;

d)                 Atenção à saúde (desenvolvida em atividades de atendimentos exercidaspelaEquipedeprofissionaisdoDASCA(DepartamentodeAtençãoáSaúde da ComunidadeAcadêmica);

e)                 Cultura (por meio de atividades e projetos culturais desenvolvidas pelo departamento de esporte, cultura elazer);

f)                   Esporte (por meio de atividades e projetos culturais desenvolvidos pelo departamento de esporte, cultura elazer);

g)                 Creche (Pagamento de auxílio financeiro para mães e pais estudantes comfilhosde0à5anosoucomalgumadeficiênciadequalqueridade),feitopormeio de Edital de Seleção;

 

h)                 Apoio Pedagógico (Distribuição de Kits e materiais pedagógicos aos alunos, como: caneta, lápis, borracha, caderno, pen drive, uniformes e acompanhamento Técnico pedagógico feito pelo departamento Pedagógico do Campus).

 

·     A avaliação do processo ensino-aprendizagem supõe uma reflexão permanente do professor sobre o processo de aprendizagem, que tem o discente como sujeito. A razão de ser desse processo é identificar as possibilidades e fragilidades para o planejamento do trabalho docente.

Paraatenderàsnecessidadesteórico-metodológicasdesteprojeto,aavaliação deve proporcionar aos discentes a reflexão dos conhecimentos construídos processualmente.

Osinstrumentosavaliativosdevemserdiversificadosequenãoseconcentrem apenas em avaliação escrita. Na avaliação, a preocupação não deve ser com o produto, mas com o processo de desenvolvimento de competências, com a compreensão, apropriação e construção do conhecimento. Assim, a avaliação deve ser utilizada para diagnosticar o aprendizado dos estudantes, sendo necessária a retomada dos conhecimentos não apreendidos, bem como a devolução de trabalhos comaorientaçãoparareelaboraçõesindividuaise/oucoletivas.Tambémcompõema avaliação processual a organização e a realização de seminários científico- pedagógicos nos quais se avaliarão a produção e a comunicação de textos sobre determinado tema ou resultados de pesquisa, sempre considerando a característica do curso e a experiência dodiscente.

Além disso, é importante resguardar ao discente que não obtiver rendimento satisfatório o direito à recuperação, que, pelo Regulamento Didático Pedagógico do Ensino do IFPA, deve ser contínua e paralela.

 

14.1- Normas e Critérios de Avaliação

 

 

Os requisitos e critérios de avaliação abrangem os componentes ministrados, a prática de vivência agroecológica, o trabalho de conclusão e atividades complementares. A forma de avaliação é continuada e desenvolve-se por meio das seguintes atividades:

a)                 Trabalhosemgrupos,pesquisasbibliográficasedecampo,ediscussões orientadas;


b)                 Instrumentosescritosedeacompanhamento,eavaliaçãoespecíficadas aquisições de conhecimentos e competências (construção de: relatórios técnicos, fichamentos, resenhas, resumos, artigos científicos e ainda de aulas de desempenho didático eseminários);

c)                 Trabalhos ou provas individuais;

d)                 Observações práticas (laboratórios, visitas técnicas e trabalhos de campo);

e)                 Participação em fórum, chats e atividades postadas no ambiente virtual. A fórmula utilizada parar mensurar resultados é aseguinte:

Legenda:

MS = Média Semestral

1ª BI = 1ª Bimestral (Verificação da Aprendizagem) 2ª BI = 2ª Bimestral (Verificação da Aprendizagem)

O discente será aprovado na disciplina por média semestral, se obtiver nota maior ou igual a 7,0 (≥ o), caso seja menor que 7,0, o discente fará avaliação final.

O discente será aprovado com Avaliação Final se obtiver nota mínima 7,0 e o resultado das avaliações serão mensurados da seguinte forma:

MB + NAF

MF=                    ≥7,0

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Legenda:

MF = Média Final

MB = Média Bimestral

NAF = Nota da Avaliação Final

No caso das atividades complementares serão avaliadas a partir de conceitos.

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