O bacharel trabalha numa das áreas de ponta da indústria: a pesquisa de novos materiais e de novos usos industriais para os materiais já existentes. Ele faz a gestão e a supervisão de projetos e processos de produção, transformação e uso de materiais. Pesquisa materiais metálicos, cerâmicas, poliméricos e compósitos.
Aperfeiçoa suas propriedades e estabelece combinações que resultam em produtos inéditos e estuda novas alternativas de aplicação de materiais já conhecidos. Responsabiliza-se por todo o processo produtivo, de seleção de matéria-prima e definição dos métodos de produção ao emprego do material. [CONFEA, RESOLUÇÃO Nº 241, 1976].
A graduação em Engenharia de Materiais possui, nos primeiros semestres, formação básica, disciplinas de Química, Física e Matemática. Em seguida, algumas instituições, o aluno aprofunda sua formação profissionalizante em quatro áreas: metais, cerâmicas, polímeros ou compósito, para ter uma formação completa.
Boa parte da carga horária é passada em laboratório, onde o aluno se familiariza com as propriedades e as aplicações desses materiais. Nas aulas práticas e/ou pesquisa ele cria novas ligas metálicas, compostos cerâmicos e polímeros. O estágio e o trabalho de conclusão de curso são obrigatórios.
Duração média: 5 anos [ PPC do curso de bacharelado em Engenharia de Materiais do IFPA, 2017].
Cabe ao Engenheiro de Materiais desenvolver atividades relacionadas às transformações mecânicas e metalúrgicas dos materiais, enquadrados na cadeia produtiva da verticalização mineral, com destaque à cadeia dos materiais metálicos como ferro, alumínio, cobre, silício, ouro e níquel e também a dos materiais não metálicos, principalmente os cerâmicos e polímeros.
Será capaz também de estudar as características de resistência de cada material, quanto à exposição em altas temperaturas, fluxos de radiação, eletricidade, atrito, bem como suas propriedades ópticas, mecânicas e elétricas, para a aplicação destes nas indústrias químicas, siderúrgicas, construção civil, aeronáutica, naval, eletro-eletrônica (a indústria de computadores, de televisões, rádios, telefones...), equipamentos e de dispositivos biomédicos entre outras [HAHN, 1994].
As indústrias petroquímica e siderúrgica são as que mais contratam, seguidas pela indústria de transformação de polímeros. O setor mais dinâmico é o da construção civil, em fábricas de cimento, aço, vidro, polímero e cerâmica. Indústrias de materiais de construção também requisitam o bacharel para desenvolver produtos fabricados e vendidos por elas. A demanda dos consumidores por produtos “verdes” é outro nicho desse graduado. O engenheiro de materiais também é valorizado no setor financeiro, devido à base sólida em matemática e à capacidade de resolver problemas.
O Sudeste do Brasil é o maior pólo empregador, com as indústrias de metalurgia, plásticos e cerâmicas em São Paulo, e petroquímicas no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, há trabalho nos setores metalúrgico e siderúrgico na Grande Belo Horizonte. No Sul, principalmente em Santa Catarina, predominam as fábricas de pisos, revestimentos e porcelanas. No norte, destacamos a indústria mineradora no tratamento e beneficiamento de minérios , porem o mercado necessita desde profissional na indústria madeireira, siderúrgica e naval, além da construção civil.
O curso promove eventos de caráter científico para alunos e comunidade em geral, tais como Ciclos de Palestra e Semana Acadêmica de Engenharia de Materiais [ PPC do curso de bacharelado em Engenharia de Materiais do IFPA, 2017].
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